sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DEPOIMENTOS NA CÂMARA CONFIRMAM CRISE NA SAÚDE NO GOVERNO LINDBERG

Por Fernando Del Castillo

A crise na saúde no governo Lindberg, com falta de médicos e medicamentos nos postos de saúde e difícil marcação de consulta médica e realização de exames e cirurgias e o atendimento ruim do " Hospital da Posse " , está confirmada depois dos depoimentos do secretário municipal de saúde de Nova Iguaçu, Marcos de Souza e dos 3 (três) secretários adjuntos, Adriana Coser, Maria de Lourdes de Oliveira Moura e Carlos Alberto Laranjeiras Caldas (os três foram ouvidos em sala fechada, sem participação da Imprensa) na audiência pública realizada na Câmara Iguaçuana.
A secretaria municipal de saúde do governo Lindberg, tem recebido denúncias de irregularidades dos vereadores e da Imprensa.
O presidente da câmara, Marcos Fernandes, disse que fomos pegos de surpresa, com a publicação do convênio, firmado entre a Prefeitura e a Fundação, no valor de dois milhões e meio de reais. Está mensagem não passou pela casa. Nós questionamos este acordo e a Procuradoria já está analisando que medidas devem ser tomadas, quase todos os cargos de chefia, em comissão da estrutura da secretaria já estão ocupados por técnicos da Fio Cruz. Por que pagar mais este valor ? - indaga o vereador Marcos Fernandes.
O secretário Marcos de Souza, foi o último a ser ouvido na audiência, e confirmou que a situação é gravíssima, " mas o convênio firmado é importante para o estudo e desenvolvimento da saúde de Nova Iguaçu. Questionado pelo presidente Marcos Fernandes, se sabia que os cargos ocupados por todos os secretários adjuntos são chamados de " assessor técnico de obras públicas " , Marcos de Souza, disse desconhecer.
Este é mais um caso para nossa Procuradoria. Após todas estas horas, acredito que a câmara acertou em rejeitar a proposta do Executivo (na sessão plenária do último dia 11) que criava a Coordenadoria de Saúde, Cidadania e Qualidade de Vida, com intenção de parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública, da Fio Cruz. Até agora, este não parece ser o melhor modelo de saúde para a população de Nova Iguaçu. - afirmou Marcos Fernandes.
A coordenadora da vigilância epidemiológica, Virgínia Siqueira Moreira, não compareceu na audiência pública, mais enviou atestado médico, nos corredores da Semus Iguaçuana, corre o boato que ela já estaria esvaziando suas gavetas da sala da secretária de saúde !
Está na hora da ouvidoria do SUS, visitar Nova Iguaçu, para ver como anda o dinheiro aplicado na cidade, disse Alberto Lima de 48 anos, morador do bairro K 11, que compareceu na audiência pública.
O que ele (Marcos de Souza) falou da gripe suína - gripe A (H1N1), eu já sabia - " eu vejo televisão, escuto rádio e leio jornal, ele não acrescentou nada " , disse aos gritos, Valdete Silva Jardim do Amaral, moradora do centro da cidade, fazendo alarido na saída da audiência.
Os cooperativados demitidos da Captar Cooper, que presta serviços para secretaria municipal de saúde de Nova Iguaçu, e que estavam na audiência, também não gostaram dos esclarecimentos do secretário Marcos de Souza.
Quem vai em uma unidade mista, posto de saúde, e no Hospital da Posse e não encontra atendimento fica revoltado e com razão, para onde vai o dinheiro que chega para aplicar na saúde da cidade ? - disse Jorgina Pereira Santos, moradora do bairro da Posse.
No próximo dia 19, o presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha, e o diretor da Escola Nacional de Saúde, Antonio Ivo, foram convidados pela câmara municipal de Nova Iguaçu, para comparecer à casa esclarecer o convênio firmado.
Na foto acima, o secretário da Semus, Marcos de Souza, o presidente da comissão de saúde da câmara, Wilson de Carvalho e o presidente da câmara, Marcos Fernandes.
Foram cerca de 10 (dez) horas de esclarecimentos, mais muita coisa não foi esclarecida do que acontece na saúde do governo Lindberg Farias.